Tecnologia & Comportamento

Dependência e vício em computador

            Hoje em dia, é comum vermos crianças, jovens e adultos, passarem muito tempo na frente do computador; seja para trabalhar, estudar ou até mesmo por lazer. Mas como saber se estamos abusando do tempo na frente do PC? 

            "A dependência pelo uso do computador e/ou internet, torna-se um vício semelhante aos entorpecentes, por exemplo, mexendo com a mesma região cerebral. Em ambos os casos a pessoa fica impulsiva.", diz a psicóloga  Pollyanna J. Rodrigues, especialista em Psicologia Hospitalar e da Saúde. Portanto tal dependência também precisa ser encarada com seriedade.

            O DTE Campos realizou uma entrevista com a psicóloga Pollyana, para entendermos um pouco mais do assunto.

            Confira a entrevista!

DTE Campos: Qual o público que sofre mais com o vício?

Pollyana: O vício pela internet e/ ou computador atinge pessoas de toda classe social e faixa etária. Porém, os adolescentes são mais propícios devido à vulnerabilidade própria do momento de sua vida.

DTE Campos: Como saber se o filho é um viciado em computador?

Pollyana: Primeiramente, é quando há prejuízo para a vida do sujeito e seus familiares.

O tempo é o elemento primordial para definir se o sujeito é viciado ou não, porque como todo vício há uma perda de controle da situação. Assim, a pessoa fica muito tempo em frente ao computador deixando de realizar atividades sociais e profissionais, passa a trocar amigos reais por virtuais, por exemplo. Em longo prazo sintomas físicos aparecem como má postura, tendinite, obesidade ou subnutrição, devido à má alimentação, pois é muito comum deixar de comer, ou comer em frente à tela. O sono também é prejudicado, por passar madrugadas diante ao computador.

Já no lado psíquico a pessoa perde concentração, fica angustiado quando não está frente ao computador, perde interesse por atividades realizadas fora do mundo digital (um jogo de tabuleiro não é legal diferente do mesmo jogado em rede), fica- se irritado, dificuldade de aceitação, o diálogo é referente apenas a assuntos que envolvem computador e internet.

Em suma, problema é quando o mundo virtual começa interferir no mundo real.

DTE Campos: O que os pais podem fazer se desconfiarem que o filho possa estar viciado?

Pollyana: Primeiramente, tentar um diálogo; procurar entender o que ele busca e encontra no computador. Geralmente, está em busca de alívio e fuga de alguns problemas. Então, caso necessário deve-se procurar um profissional especializado em transtorno emocional.

Hoje em dia os pais devem procurar dialogar mais com seus filhos, pois o que o ser humano busca é a fala. Pode se perceber que as páginas mais procuradas na internet são as que permitem uma comunicação, uma vivência com outra pessoa.

 Leia mais sobre o assunto em: "Vício em tecnologia pode arruinar relacionamentos..."

Pollyanna J. Rodrigues é especialista em Psicologia Hospitalar e da Saúde

CRP: 05/33035

Tel.: (22) 81158644

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